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fevereiro 20, 2019

Ceratocone tem cura?

Ricardo Filippo

Ceratocone é uma doença ocular degenerativa causada por fatores genéticos e confundida com outras desordens oftalmológicas, como miopia e astigmatismo. Mas diferente das doenças oculares mais simples, essa condição afeta diretamente a córnea, alterando sua espessura e formato, deixando-a mais fina, irregular e com formato cônico.

Tais alterações causam distorções na visão do paciente, como imagens embaçadas, alto intolerância à luz e formação de múltiplas imagens. Além disso, o desgaste da córnea também traz grandes desconfortos, podendo causar coceira, vermelhidão e lacrimejamento.

O ceratocone é mais comum do que se imagina. No Brasil, a doença acomete 1 em 20 mil indivíduos, sendo a principal causa do transplante de córnea no país.

O que é ceratocone e quais seus sintomas?

O ceratocone é uma doença ocular não infecciosa, na qual acontece um enfraquecimento da córnea devido a alterações em sua composição e estrutura. Assim, a sua conformação natural é afetada ocorrendo a protusão corneana. Ou seja, a córnea aumenta sua curvatura, adquirindo o formato de cone e, consequentemente, a visão fica distorcida.

A condição é bilateral (acomete os dois olhos) em 90% dos casos, mas, normalmente, o segundo olho é diagnosticado cerca de 5 anos depois do diagnóstico do primeiro olho. Por ser um quadro degenerativo, tem o potencial de causar perda gradual da visão.

 

Sintomas mais comuns

Entre os sintomas mais comuns, está a baixa acuidade visual caracterizada pela presença de uma visão borrada e distorcida, tanto para enxergar objetos de longe quanto para enxergá-los de perto. Além disso, pode ocorrer diplopia (visão dupla de objetos) e possível poliopia (visão de diferentes imagens de um mesmo objeto).

Os pacientes também podem apresentar uma constante necessidade de apertar os olhos devido à fadiga visual, enxergar halos ao redor de luzes mais fortes, ter sensibilidade acentuada à luz (fotofobia) e, não frequentemente, coceira e irritação.

A evolução do ceratocone, predominantemente progressiva, contribui para o desenvolvimento do astigmatismo e/ou miopia de modo relativamente acelerado, sendo necessário corrigir o grau com elevada frequência.

Os sinais e sintomas clínicos variam com a gravidade e evolução da doença, sendo que, quanto mais avançado o estágio, maior a manifestação da sintomatologia.

 

Quais as causas do ceratocone?

Os estudos na área da oftalmologia ainda não elucidaram quais são as causas exatas da ocorrência do ceratocone, mas sabe-se que é uma doença de caráter hereditário. Além do histórico familiar, existem outros fatores de risco, como a síndrome de Down ou distorções oculares congênitas.

Indivíduos alérgicos que coçam os olhos frequentemente também são mais propensos a desenvolver a doença, pois pode acontecer um enfraquecimento estrutural da membrana em consequência do constante hábito de fricção.

 

Ceratocone tem cura?

Esta é uma doença controlável e tratável, porém considerada irreversível. Embora o tratamento ofereça resultados bastante satisfatórios na melhoria e estabilização dos sintomas, o ceratocone é muitas vezes confundido com outras condições oftalmológicas comuns, o que leva a um tratamento inadequado e equivocado.

Por isso, é necessário o acompanhamento frequente com médico oftalmologista, favorecendo o diagnóstico precoce da doença e freando seu desenvolvimento.

Nesse sentido, existem alguns exames que podem ser aplicados para o diagnóstico preciso do ceratocone. Em muitos casos, um simples exame de rotina por baixa visual associado a uma avaliação dos sintomas do paciente pode ser o suficiente para detectá-lo.

No entanto, há outros exames complementares importantes. Dentre os mais solicitados, temos: a topografia da córnea, que avalia possíveis irregularidades e distorções na superfície do olho, a paquimetria ultrassônica, teste que mede a espessura da córnea, e a tomografia da córnea, que avalia tanto a curvatura quando a espessura da superfície ocular.

 

Ceratocone pode cegar?

Por não causar danos permanentes ao nervo óptico, o ceratocone é uma doença que raramente leva à cegueira. No entanto, vale destacar que essa é uma possibilidade. Em estágios avançados, quando não há acompanhamento, essa condição causa prejuízos à visão, chegando a níveis considerados como cegueira.

Para se ter uma ideia, há casos de pacientes com mais de 10 graus no uso de lente corretivas e que, mesmo assim, não possuem uma visão com total nitidez. Porém, como comentamos, essa é uma doença administrável que, com o devido tratamento, estabiliza-se em níveis que garantem a qualidade de vida do paciente.

 

Tipos de tratamento para ceratocone

Uma vez que danos foram causados à córnea, não há como revertê-los. No entanto, existem diversos tratamentos para controlar do ceratocone e evitar sua progressão. Independentemente do método adotado, o objetivo é sempre preservar a saúde da córnea, garantindo a qualidade da visão do paciente e postergando ao máximo a realização de qualquer intervenção cirúrgica.

Desse modo, o tratamento pode se dar em diversas frentes, que avançam conforme os resultados apresentados. São eles:

 

1. Colírios

A primeira abordagem ao ceratocone é por meio do uso de colírios específicos para diminuir o desconforto causado pela doença e cortar sua progressão associada ao ato de coçar os olhos com frequência, fator agravante do ceratocone.

Quando adotado em estágios iniciais, o uso de óculos pode nem ser necessário.

 

2. Óculos

Caso haja perda de visão, o passo seguinte é a utilização de óculos, especialmente nas fases iniciais da doença. Ao notar que o astigmatismo irregular causado pelo desgaste da córnea ainda é baixo, o uso de lentes corretivas externas ainda se mostra eficiente.

 

3. Lentes de contato

Em pacientes em que os óculos já não fornecem uma visão adequada, passa-se, então, à seguinte opção: lentes de contato. Embora haja diferentes modelos disponíveis no mercado, de uma maneira geral, utilizam-se lentes rígidas gás permeáveis, que proporcionam a regularização da superfície ocular, criando uma camada lacrimal entre a lente e a córnea.

 

4. Crosslinking

Caso o ceratocone avance e haja uma piora no quadro, o oftalmologista pode indicar o procedimento conhecido como crosslinking. O tratamento consiste na raspagem da superfície da córnea, seguida da aplicação de radiação ultravioleta embebida em riboflavina (vitamina B12) e posterior colocação de lentes de contato gelatinosas que auxiliam na cicatrização e permitem cortar a progressão da doença.

 

5. Anel de ferrara

Trata-se de outro procedimento cirúrgico, em que o oftalmologista realiza o implante de um anel intra-estromal. Seu objetivo é regularizar a superfície da córnea, reduzindo o grau de astigmatismo e, assim, melhorando a visão do paciente.

 

6. Transplante de córnea

O transplante de córneas é considerado o último recurso para o tratamento do ceratocone. Sua indicação ocorre apenas quando as outras técnicas não resultam na melhoria da condição do paciente e estancamento da doença. Nesses casos, inclusive, o risco de cegueira é real.

A cirurgia consiste na substituição de parte da córnea afetada por outra saudável. O procedimento corrige quaisquer imperfeições oculares e, consequentemente, melhora visão da pessoa que se submeteu à operação.

Vale destacar que esse se trata de uma dos procedimentos de transplante mais bem-sucedidos da medicina, sendo altamente seguro e eficiente no tratamento de ceratocone de difícil controle.

Ficou interessado e quer saber mais sobre o assunto? Você pode assistir à nossa pré-consulta gratuita sobre a doença! Uma série de vídeos explicativos sobre ceratocone, para você ficar por dentro desta condição e saber qual o melhor momento para procurar a opinião do seu oftalmologista.

 

Por que você deve procurar por um bom especialista

Temos o péssimo hábito de postergar os cuidados com a saúde ou confiar em qualquer profissional. Isso é um risco! Problemas que não são devidamente tratados podem evoluir para quadros mais graves, por isso é sempre importante procurar o acompanhamento médico adequado.

Com a saúde dos olhos não é diferente. Para encontrar um oftalmologista bem conceituado busque referências, pesquise, veja as avaliações de outros pacientes, observe o currículo e a especialidade do profissional.

O mesmo cuidado vale na hora de escolher uma clínica. Analise indicações e depoimentos de pessoas que já fizeram tratamentos no local, veja a reputação da instituição, conheça o corpo clínico, o nível de especialização e o histórico profissional dos médicos.

Não entregue sua saúde nas mãos de qualquer pessoa! Hoje, é muito mais fácil realizar uma pesquisa antes de escolher um profissional. Você pode acessar informações no site da clínica, entrar em contato e esclarecer todas as dúvidas previamente.

 

Tratamento com a Clínica de Oftalmologia Integrada

Na Clínica de Oftalmologia Integrada, o tratamento é feito com tecnologia de última geração. A instituição conta com corpo clínico altamente qualificado, equipamentos modernos, centro cirúrgico próprio e muito bem estruturado.

Nela, você é tratado com respeito, humanidade e excelência no atendimento. Todos os profissionais estão preparados para examinar, diagnosticar e cuidar de qualquer problema oftalmológico, sempre priorizando o bem-estar do paciente.

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Se você quiser saber ainda mais sobre o procedimento cirúrgico realizado para a correção do ceratocone, você pode baixar gratuitamente o nosso e-Book Guia Definitivo Sobre Ceratocone e tirar todas as suas dúvidas, ou ainda, agendar uma consulta com um de nossos especialistas em nossa clínica, localizada na Zona Oeste do RJ!

 


Ricardo Filippo
Ricardo Filippo
Especialista em Cirurgia Refrativa a Laser e Ceratocone
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Para mais informações sobre sua experiência na área,
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