Entenda quais são os sintomas da catarata

Saiba os principais sintomas de pacientes com catarata

Os sintomas de catarata variam de acordo com a causa e estágio da doença. Em casos graves, esse problema ocular pode levar à cegueira, mas isso pode ser evitado com o diagnóstico precoce e tratamento correto.

A catarata é uma doença ocular caracterizada pela opacidade do cristalino, a lente natural do olho. A visão embaçada e a cegueira noturna são alguns sinais que indicam o desenvolvido desse problema. 

O diagnóstico e o tratamento precoce dessa condição ocular são fundamentais para evitar o agravamento dos sintomas da catarata que, em casos graves, pode causar a perda da visão. 

O primeiro passo para evitar a cegueira e melhorar a saúde ocular é conhecer os principais sintomas da doença, conhecimento que pode incentivar as pessoas a procurar o oftalmologista antes que ela se torne irreversível.

Neste artigo, explicaremos quais são os sintomas de catarata, como as pessoas podem identificá-los e por que o diagnóstico precoce é essencial para o processo de cura da doença.

7 sintomas de catarata para ficar atento

A catarata é uma doença que atinge adultos, idosos, e crianças de. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é responsável por 51% dos casos de cegueira do planeta. Muita gente atribui esse mal ao envelhecimento, o que realmente aumenta a incidência da doença. 

No entanto, ela também pode ocorrer por outras causas, tais como trauma ocular, uso de certos medicamentos, doenças congênitas, entre outros motivos 

Por conta desses fatores, existem diferentes tipos de catarata nos olhos, cada uma delas com características distintas. Apesar disso, todas essas variações podem apresentar sintomas semelhantes.

Confira abaixo os principais sinais dessa doença e como eles se manifestam.

1. Visão embaçada

A visão embaçada é um dos sintomas mais comuns da catarata. Também chamada de visão turva, esse problema se manifesta ainda no início da doença e pode se agravar com o tempo. 

O paciente com visão embaçada tem dificuldade para realizar atividades básicas do dia a dia, como ler, identificar objetos e reconhecer rostos e pessoas.

Vale lembrar que esse sintoma é comum em outras doenças oculares, como erros de refração. No entanto, a visão embaçada associada à catarata não pode ser corrigida com o uso de óculos. Nesse caso, o problema é resolvido apenas quando o paciente passa por uma cirurgia de catarata.

2. Visão dupla ou fantasma

A visão dupla ou fantasma é uma alteração visual que leva a pessoa a enxergar de forma duplicada. Ou seja, a pessoa enxerga duas imagens de um único objetivo ou indivíduo, sendo que uma imagem está sobreposta à outra. 

Na prática, quem desenvolve esse sintoma tem a sensação de sempre enxergar um “fantasma” acompanhando objetos e pessoas que visualiza. 

Essa sensação ocorre independente da distância entre a pessoa e o objetivo, ou seja, tanto para enxergar de perto quanto de longe do objeto.

Além de ser uma sensação desconfortável, esse sintoma pode afetar a qualidade de vida do paciente e até aumentar o risco de acidentes

Pessoas que desenvolvem esse sintoma normalmente tropeçam e esbarram em objetos com mais frequência.  Dependendo da situação, esse sintoma pode provocar acidentes que envolvem fraturas nas pernas, braços e bacia, por exemplo.

Embora também seja associado a outras doenças oculares, é importante lembrar que a visão dupla ocorre em aproximadamente ⅓ dos casos de catarata. Isso indica a necessidade de investigar o desenvolvimento dessa doença em pessoas que apresentam a visão fantasma. 

3. Alta sensibilidade à luz ou fotofobia

A alta sensibilidade à luz ou fotofobia é uma condição ocular que prejudica a visão da pessoa em ambientes luminosos, seja a iluminação natural ou artificial. 

Dependendo da sua gravidade, até mesmo a luz da tela do celular ou da televisão pode causar desconforto visual. 

Quem desenvolve esse sintoma ainda pode apresentar outros sintomas, como fadiga ocular, dor de cabeça, irritação nos olhos e dificuldade para dirigir à noite por conta da luz emitida por faróis.

4. Dificuldade para enxergar à noite

A catarata também pode prejudicar a capacidade da pessoa enxergar bem à noite ou em ambientes pouco iluminados. 

Esse sintoma também é conhecido como cegueira noturna e pode afetar a qualidade de vida da pessoa com catarata, que precisa de mais luz para fazer atividades básicas, como ler e dirigir.

Essa dificuldade também causa outros problemas de saúde, já que a perda da capacidade de enxergar com clareza. Por exemplo, quem desenvolve esse sintoma pode começar a tropeçar, cair e esbarrar em objetos com mais frequência, o que pode causar fraturas. 

Além disso, a perda da capacidade visual pode provocar acidentes de trânsito e levar a pessoa ao isolamento social, o que pode prejudicar sua saúde mental.

5. Ver cores desbotadas e imagens menos nítidas

Um dos problemas causados pela catarata é a perda da capacidade de distinguir cores e de enxergar as imagens com nitidez. 

Esse sintoma é consequência da opacificação do cristalino, processo que dificulta a chegada dos raios de luz na retina, estrutura responsável pela formação de imagens.

Por esse motivo, quem desenvolve a catarata percebe alterações na percepção de cores e contraste, dificultando a distinção de objetivos e tornando os ambientes menos vívidos e interessantes.

‍6. Capacidade de enxergar halos em volta fontes de luz

Um dos sintomas mais comuns da catarata é o chamado efeito halo, que se refere à capacidade de enxergar halos em volta de lâmpadas e outras fontes de luz. 

Esse sintoma se manifesta apenas quando a pessoa olha diretamente para a luz. Quando isso acontece, as bordas do objeto iluminado ficam um pouco distorcidas, criando o efeito halo. 

Nos estágios iniciais da doença, esse efeito é pouco percebido e não impacta na rotina da pessoa com catarata. À medida que a doença progride, esse paciente passa a enxergar halos com mais frequência. 

Em algumas situações, ele pode ter a sensação de enxergar “vultos” e movimentos de objetos e pessoas que não estão presentes no ambiente. 

Embora essa experiência possa parecer sobrenatural, ela apenas reflete o desenvolvimento da catarata. Por isso, esse sintoma desaparece após a cirurgia.

‍7. Perda parcial ou total da visão 

A catarata causa a perda progressiva da visão. Isso significa que essa doença pode levar à cegueira parcial ou total. No entanto, normalmente as pessoas demoram anos até perceberem que perderam sua capacidade de enxergar.

Na verdade, a perda da visão ocorre apenas em estágios avançados da doença. Antes de desenvolver essa condição ocular, geralmente a pessoa apresenta alguns dos sintomas de catarata apresentados anteriormente. 

É importante lembrar que quando a perda parcial ou total da visão associada a catarata é irreversível. No entanto, essa condição pode ser evitada desde que a pessoa receba o diagnóstico precoce da doença e faça a cirurgia de catarata para impedir sua progressão.

Como esses sintomas podem progredir com o tempo?

A progressão dos sintomas de catarata ocorre geralmente de forma lenta, em uma velocidade que varia de pessoa para pessoa e conforme o tipo da doença.

No caso da catarata senil, que é o tipo mais comum da doença, a pessoa pode notar que sua visão está um pouco turva, como se estivesse olhando por uma janela embaçada. 

Ou seja, ela desenvolve o sintoma de visão embaçada, que pode ou não ser acompanhado de outros sinais da doença, como a alta sensibilidade à luz e a visão dupla.

À medida que a catarata se agrava, atividades cotidianas como ler, dirigir, cozinhar e reconhecer rostos podem se tornar desafiadoras. 

Caso não seja diagnosticada e tratada precocemente, essa doença pode causar a perda da visão, comprometendo a autonomia e qualidade de vida da pessoa. 

Qual a importância de um diagnóstico precoce para o tratamento da catarata?

O diagnóstico precoce da catarata é crucial para o sucesso do tratamento e a cura da doença. Isso porque a catarata no olho se torna mais densa à medida que o tempo passa, dificultando a realização do procedimento cirúrgico e aumentando os riscos de complicações pós-operatórias. 

A única forma de evitar esses problemas é obter o diagnóstico precoce da doença. Esse diagnóstico é realizado pelo médico oftalmologista, que deve avaliar os sintomas do paciente e realizar alguns exames oftalmológicos para identificar a causa do problema. 

Assim que a doença for confirmada, o médico deve desenvolver um plano de tratamento personalizado de acordo com tipo de catarata, o estágio da doença, entre outras características. 

Esse planejamento pode incluir estratégias de gerenciamento inicial e a programação de cirurgia quando apropriado. 

Isso é fundamental para garantir a realização de um tratamento bem-sucedido, capaz de recuperar a saúde ocular e a qualidade de vida do paciente.

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Dr. Ricardo Filippo

Dr. Ricardo Filippo

CRM: 5281096-7 | RQE: 17512. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Durante sua vida acadêmica, participou de dezenas de congressos e simpósios, no Brasil e no exterior, e ministrou diversas aulas sobre Oftalmologia. Veja informações sobre sua experiência na área.

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